Conhecendo um pouco da gastronomia do Pará com a Fartura!!!

Tive o prazer de participar de um grupo que acompanhou a expedição da Fartura Gastronomia pelo Pará.
O projeto da FARTURA que é realizado pelo Festival Cultura e Gastronomia Tiradentes, é um grande projeto de promoção e desenvolvimento da gastronomia nacional, com o objetivo de reunir e integrar produtos, produtores, chefs, indústria, mercados e apreciadores da boa cozinha. Além de realizar eventos e expedições, o projeto busca disseminar conhecimento através de filmes, documentários, web séries, livros, programa de rádio e conteúdo para redes sociais.
A Expedição Fartura Gastronomia, já viajou 22 estados, percorreu quase 60 mil km e mais de 150 cidades, entrevistando cerca de 380 personagens da culinária brasileira.
Meu tempo com eles foi bem curto, apenas 3 dias para conhecer algumas das maravilhas que Belém e a floresta amazônica nós oferece, posso dizer que fiquei impressionado com a gastronomia local e o respeito que eles tem por seus ingredientes nativos.
No primeiro dia, como cheguei tarde da noite fomos comer em uma hamburgueria e pizzaria chamada Circus que fazia alguns hambúrgueres bem típicos como o de pato com tucupi.
Na manhã seguinte partimos para o famoso Ver o Peso, o mercado municipal mais importante de Belém, lá podemos encontrar de tudo, mandingas, especiarias, frutas, peixes, farinhas e etc.. Fiz uma matéria completa sobre ele.
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Saindo do Ver o Peso, fomos almoçar no restaurante Remanso do Peixe, dos famosos irmãos Castanho, Thiago e Felipe. O restaurante é simples e a comida é deliciosa bem típica, nosso almoço foi ótimo, eu comi um pirarucu defumado que estava um espetáculo e foi o prato que mais gostei dos que provei.
Nossa próxima parada são as Docas, que passaram por uma reforma, e se tornou um centro gastronômico junto com uma galeria de lojinhas. O projeto que eles realizaram lá deveria servir de exemplo para outras cidades com docas desativadas, pois ficou muito bem feito, o ambiente ficou extremamente aconchegante, com pé direito bem alto, até alguns dias você pode encontrar um cantor em um “palco” suspenso em um vão livre bem no meio do barracão e para melhorar uma linda vista para a baía. Nas Docas podemos encontrar, a cervejaria Amazon Beer, que produz uma ótima cerveja artesanal e você pode prova-la fresca que fica melhor ainda, comendo uma deliciosa patinha de caranguejo. Você encontra também o restaurante Lá em Casa e a sorveteria Cairu, que provavelmente tem alguns sabores de frutas amazônicas que você nunca ouviu falar e só vai encontrar lá, meu preferido foi de tapioca com açaí.
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No dia seguinte acordamos bem cedo para conhecermos todo o processo que passa o açaí, desde a colheita até chegar na tigela.
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O barquinho de madeira partiu do local onde os produtores fazem o comercio do açaí colhido naquela manhã, o preço varia todos os dias, há alguns anos atrás o cesto cheio custava em torno de 15 reais hoje em dia com a popularização do produto pelo mundo, ele custa em torno de 300 reais.
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Chegando na ilha Combu pudemos ver como os colhedores, que parecem mais escaladores, sobem nas árvores e colhem os cachos cheios de açaí, eles fazem isso com uma facilidade que até parece que podemos subir. Eles usam a palha seca para fazer uma trança que amarram nos seus pés para dar firmeza na hora de subir. Depois de colherem os cachos, eles fazem a seleção dos açaís mais maduros e bonitos que vão para o cesto, somente a fruta madura da um açaí puro gostoso.
Olha a produção
Olha a produção
A trança
A trança
Parece muito fácil subir
Parece muito fácil subir
Eu quase coloquei a mão nela sem ver, sorte que uma das meninas me avisou!!
Eu quase coloquei a mão nela sem ver, sorte que uma das meninas me avisou!!

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Fazendo a seleção

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De volta para a cidade eles levam o açaí para uma pequena fábrica, onde o açaí passará por um processo de higienização e retirada da polpa que é a ultima fase do processo. No Pará, diferentemente de São Paulo eles comem o açaí sem adição de açúcar, acompanhando algum prato salgado com farinha, principalmente peixe frito, como o filhote. A pessoa que nos levou para o passeio tem a fazenda de açaí, a fábrica e o restaurante, onde logo depois tivemos o prazer de provar o açaí que vimos sendo colhido. Foi de longe o melhor açaí que comi na minha vida, anos-luz na frente de qualquer outro que tenha comido em São Paulo. O restaurante chama Point do açaí.
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Na manhã do meu ultimo dia em Belém voltamos a ilha do Combu para conhecer as plantações de cacau e a produção do chocolate. Nós visitamos a casa da dona Nena para aprender todo o processo. Dona Nena fornece chocolate para grandes restaurante como o D.O.M. e o Remanso do Bosque. Eu fiz um post explicando como foi tudo.
Todo o pessoal
Todo o pessoal

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Maior árvore que eu já vi!
Maior árvore que eu já vi!

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Chocolate da Dna Nena
Chocolate da Dna Nena
A minha ultima refeição em Belém, para fechar com chave de ouro foi no Remanso do Bosque, outro restaurante dos irmãos Castanho. O restaurante é bem mais refinado que o Remanso do Peixe, eu adorei a decoração toda em madeira, as mesas são feitas de uma peça única de madeira. Os pratos estavam todos deliciosos, a sobremesa foi uma invenção do Thiago, que parecia muito com um vasinho de terra, mas a “terra” era o chocolate da dona Nena ralado.
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